Não fazes parte do tempo dos relógios
que nos fazem partir e regressar depois
sinto-te respirar sempre que respiro
numa presença suave e constante
de batida forte e certeira do coração
num entrelaçar invisível e intersticial
de veias, artérias e torrentes de paixão
não espero que venhas no final do dia
na certeza de que já estás e em mim já és
qual mar sereno agitado doce ou salgado
em alternância inevitável das marés