terça-feira, 28 de junho de 2016

Ruinas...




Partiste no silêncio que manteve em ruínas um coração já habituado à solidão e que as coisas incertas foram calejando. Não consigo chorar e os olhos simplesmente ardem secos e olham em redor à procura de sinais de desamparo e abandono. Já não consigo destrinçar, perdi a objectividade da minha visão! A lembrança dos teus traços finos e delicados cegam-me, impedem-me de enxergar o abandono gelado que me cerca. Avanço cautelosamente para que os destroços não se desmoronem sobre os meus ombros e paro defronte da escadaria, vacilante... sei que se subir, cada degrau desabará debaixo dos meus pés e jamais voltarás a tempo de me amparar na queda... 
   



4 comentários :

Remus disse...

Mas que sitio por onde a dona Rute andou metida...
Sai do meio da chuva no campo (fotografia anterior) e mete-se dentro de um edifício em ruínas?!
Daqui a pouco a dona Rute está a ir para as discotecas nas Docas.
:-P :-D

Das duas fotografias, a minha preferida é a primeira. Até por ser uma área ampla e pela presença de tantas cores.
Já na segunda fotografia, é tudo muito mais mais mortinho e triste.

Manu disse...

Duas belas fotos! Adorei!
Como sempre as palavras deram uma ênfase especial ao teu olhar!

Beijinhos Rute

Rui Pires - Olhar d'Ouro disse...

Prefiro a primeira pela sua amplitude... mormente o estado de abandono do local!
Beijos

Clarice disse...

Também já andei por aqui…toma, toma :)